Quarta-feira, 21 de Maio de 2008

Economia (Parte I)

Nos últimos tempos, todos temos ouvido, lido ou visto, nas rádios, nos jornais ou nas televisões vários comentários de analistas sobre o estado da nossa economia, ou sobre as repercussões da crise económica americana nos restantes mercados mundiais.

Na minha opinião, toda a crise, quer dos mercados cambiais, quer dos mercados financeiros têm origem na especulação que os agentes económicos conseguem exercer nos mercados, principalmente nos bancos centrais que regulam as taxas de juros, com que todos nós nos confrontamos no dia-a-dia, fundamentalmente no crédito a habitação.

Nesta série de artigos que vou procurar escrever no nosso blog, vou começar por explicar algum dos conceitos mais ouvidos quando o assunto falado é Economia.

O Papel dos Bancos Centrais

Os bancos centrais são responsáveis pela supervisão de todo o sistema de bancos nacionais, sendo assim os responsáveis pela “gestão” da moeda única, que existe no caso Europeu, tendo os bancos nacionais, como é o caso do Banco de Portugal, apenas um papel de supervisão e não de acção, na política monetárias.

Em épocas de crises, como a que se está a passar nos EUA, os bancos fazem injecções massivas de liquidez que salvam as economias de uma grave recessão – podem não evitar um abrandamento da economia ou mesmo uma recessão “menos sentida”, mas têm um efeito de “evitar o pior” – mas têm também consciência queao fazê-lo, como já afirmam alguns economistas, estão a lançar as sementes para mais uma crise financeira

Liquidez vs Solvabilidade

Muitas vezes ouvimos falar de dois termos que parecendo iguais são bastante distintos e para os distinguir, nada melhor que a definição de ambos:

Liquidez é um conceito económico que considera a facilidade com que um activo pode ser convertido no meio de troca da economia. O grau de agilidade de conversão de um investimento sem perda significativa do seu valor mede a liquidez desse mesmo investimento. Um activo é tanto mais liquido quanto mais fácil for de transformar em dinheiro vivo. A moeda é considerada como o activo mais líquido que existe numa economia, mas é uma reserva de valor imperfeita, pois quando os preços sobem, o valor da moeda cai, e o exemplo mais flagrante dessa imperfeição é o caso do Dólar, que sempre foi considerada a moeda mais forte do Mundo, encontra-se cotada neste momento a pouco mais de 0,60 €. Em suma, liquidez é a facilidade com que um activo pode ser convertido em dinheiro.

A solvabilidade avalia a capacidade da empresa para resolver as responsabilidades assumidas a médio, longo e curto prazos. Este indicador evidencia o grau de independência da empresa em relação aos seus credores, quanto maior o seu valor (pois é um rácio), mais garantias terão os credores de receber o seu capital e maior poder de negociação terá a empresa para contrair novos financiamentos. No entanto, a capacidade da empresa de amortizar as suas dívidas deverá, também, ser analisada numa óptica de curto prazo, utilizando os indicadores e a análise dos fluxos financeiros, ou seja, qual o montante habitual de trocas monetárias que a empresa efectua.

Alan Greenspan

Alan Greenspan nasceu em Nova Iorque a 6 de Março de 1926, e é talvez dos nomes mais ouvidos e mais respeitados na actual “vida económica americana”, isto porque Alan Greenspan foi o presidente da Reserva Federal Americana, cargo equivalente ao governador do Banco de Portugal, mas com uma dimensão tão grande ou maior quanto o tamanho dos EUA em relação a Portugal. Neste momento desempenha o cargo honorário (sem qualquer vencimento) no departamento de tesouro Britânico e ouvimo-lo bastantes vezes falar em conferências sobre a situação económica mundial.

Confiança

Para mim um dos factores primordiais e que influenciam o estado de uma economia é a confiança que os agentes depositam nela. O que funciona um pouco como um ciclo vicioso, onde um nível maior de confiança na economia leva a uma recuperação ou crescimento maior na economia e assim sucessivamente. Pelo contrário, se a confiança na economia é negativa, vai gerar uma maior recessão económica e isso gera uma maior desconfiança na economia.

São vários os estudos apresentados, geralmente pelo Banco Central Europeu, sobre o Índice de Confiança Económica.

publicado por Hugo Serras às 00:32
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